segunda-feira, 16 de abril de 2012

"Para, Para, Para"...

Quem sabe um dia consigamos mudar o comportamento dos brasileiros. Não é fácil tolerar uma atitude de abusos, mas esses abusos não são apenas na política. No dia a dia as pessoas, em seu meio, agem igualzinho àqueles que usurpam a posição que ocupam. Mas na verdade o que eu quero hoje é relembrar ou atualizar a memória dos brasileiros e VAMOS PARAR COM TANTA FALTA DE MEMÓRIA. Só para lembrar o que aconteceu em 1995: O inesquecível PROER do ex-presidente Cardoso deu uma amostra pública do seu compromisso com o capital financeiro e, na calada de uma madrugada de um sábado em novembro de 1995, assinou uma medida provisória instituindo o PROER, um programa de salvação dos bancos que injetou 1% do PIB no sistema financeiro – um dinheiro que deixou o sofrido Tesouro Nacional para abastecer cofres privados, começando pelo Banco Nacional, então pertencente a família Magalhães Pinto, da qual um de seus filhos era agregado. Segundo os ex-presidentes do Banco Central, Gustavo Loyola e Gustavo Franco, a salvação dos bancos engoliu 3% do PIB, um percentual que, segundo economistas da Cepal, chegou a 12,3%.O Proer demonstrou, já em 1996, como seriam as relações do governo FHC com o sistema financeiro. Para os ex-presidentes do BC, Gustavo Loyola e Gustavo Franco, atingiu R$ 111,3 bilhões, incluindo a recapitalização do Banco do Brasil, da CEF e o socorro aos bancos estaduais.


Outro fiasco de alguns anos atrás: Durante a desvalorização do real, os bancos Marka e FonteCindam foram socorridos pelo Banco Central com R$ 1,6 bilhão. O pretexto é que a quebra desses bancos criaria risco sistêmico para a economia. Chico Lopes, ex-presidente do BC, e Salvatore Cacciola, ex-dono do Banco Marka, estiveram presos, ainda que por um pequeno lapso de tempo. Cacciola retornou à sua Itália natal, onde vive tranqüilo.


Parece chato eu ficar mostrando esses fatos, porém, precisamos parar com a hipocrisia e enfretarmos as situações do Brasil de forma correta, temos que parar de falar que esse é melhor do que aquele, na verdade, precisamos lutar por um Brasil mais justo, estável e isso passa sem dúvida por uma boa memória.

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