quarta-feira, 2 de maio de 2012

"Que Pena da FUNAI"

Para as pessoas que não sabem a FUNAI - Fundação Nacional do Índio foi criada pela Lei Nº. 5.371 de Dezembro de 1967 e teve uma pequena alteração através de um Decreto-Lei de Nº. 423 de 21 de janeiro de 1969. A FUNAI foi criada para impedir matanças que aconteciam na época a principalmente mulheres e crianças indígenas que ao serem aquecidas por suas mães com cobertores que eram jogados de aeronaves morriam dias depois. Vale lembrar que esses cobertores eram propositalmente contaminados com sarampo para provocar as matanças. Desde fins da década de 50, as denúncias das violências cometidas contra os índios, inclusive com a conivência e mesmo participação de funcionários do SPI (Secretaria de Proteção ao Índio) aconteciam com frequência.


Outro tipo de atrocidade eram incidentes onde napalm (conjunto de líquidos inflamáveis à base de gasolina gelificada, utilizados como armamento militar) era atirado de aviões sobre as aldeias indígenas; eram exibidas fotografias de aldeias que haviam sido dizimadas, onde apareciam restos de mulheres e crianças sobre o solo árido e carbonizado. A sentença unânime da Europa era que o Brasil estava pondo em prática uma política de 'genocídio étnico'".

Apenas em 1967, o Ministro do Interior, General Albuquerque Lima, nomearia uma comissão para investigar as denúncias contra o SPI. Estas foram confirmadas e provadas através do Relatório Figueiredo que documentava as centenas de atrocidades e violências, inclusive a introdução deliberada da varíola, gripe, tuberculose e sarampo entre tribos indígenas.

 Foi sugerido não pelo Presidente LULA e sim pelo então Ministro Tarso Genro a criação do Conselho Nacional do Índio que mais uma vez vai diminuir as atribuições da FUNAI. Eu tenho muito orgulho do nosso Governo, as transformações são gigantes na vida dos brasileiros mas, entendo que o que se deveria na verdade fazer era eliminar qualquer tipo de política paralela à FUNAI e preservar ainda mais e com mais poder de gestão a FUNAI, afinal é para isso que ela existe. É inadimissível a criação de um órgão que justamente fará o papel da FUNAI, porém, dessa vez com pessoas que com certeza não são entendedores, antropologicamente falando, da cultura indígena. O risco que teremos é de uma extinção da cultura indígena no Brasil a exemplo do que já aconteceu em outros países. Existem críticas pejorativas com relação a Índios no Brasil, porém, foi de forma pejorativa que ao longo dos anos esses brasileiros foram tratados. Não concordo com a criação desse Conselho ou de qualquer outro que venha enfraquecer a já sucateada FUNAI. Acredito que a Fundação Nacional do Índio deveria ser tratada com mais respeito, com mais responsabilidade e devolver a FUNAI a quem ela verdadeiramente pertence, ou seja, ao Índio, ou melhor, à representação das mais de 250 comunidades Indígenas esplalhadas pelo Brasil. Discussões tem que existir sempre, isso faz parte do processo Democrático. O que não se pode admitir é que se empurre "guelha a baixo" uma perversidade travestida de solidariedade ou de intelectualidade indígena,  isso não. 

sexta-feira, 27 de abril de 2012

"O Senado Tá de Brincadeira"!!!

 Toda terça-feira a bancada de senadores do PSDB reúne-se no gabinete do líder, Álvaro Dias (PR), para um almoço em que é discutida a estratégia dos tucanos para a semana.

O clima é bem descontraído. Como num encontro de colégio. E tem até bullying.
O líder, por exemplo, sofre com os colegas de partido invariavelmente reclamando da repetição semanal do cardápio, encomendado ao restaurante do Senado.

Mas desde aquele primeiro discurso de Demóstenes Torres (sem partido- GO) no plenário — em que ele tentou se explicar das denúncias de envolvimento com o bicheiro Carlinhos Cachoeira e foi apoiado em apartes por quase todos os colegas — um dos membros da bancada do PSDB passou a ser alvo especial de apupos nas reuniões do partido: o senador Mário Couto (PA).
É só ele entrar na sala que sempre um dos colegas levanta as mãos e proclama:

– Eita Demóstenes bom. Esse cabra é bom! Que estas duas mãos se unam e batam palmas para Vossa Excelência.

Em meio à gargalhada geral. Mário Couto reclama,mas admite: Realmente foi um discurso, digamos, exótico!!!

Será que a seriedade dos fatos fica só em frente das Câmeras! É brincadeira.....


Obs: fonte portal IG


quinta-feira, 19 de abril de 2012

Êta Comissão de Anistia!!!

Essa semana fiquei um pouco intrigado com uma situação da Comissão de Anistia. Para conhecimento de todos foi anistiado um neto do ex-presidente João Goulart. Chama-se Christopher Belchior Goulart. É um jovem advogado de 35 anos, nasceu em Londres e vai receber uma indenização mensal do Governo Brasileiro. Parece que a justificativa é que o garoto não teve a opção de nascer no Brasil e então teve que viver uma vida dura em Londres. Vale lembrar que ele também deve receber por direito os valores retroativos. Quem poderia explicar para os Brasileiros é o Sr. Paulo Abrão, Secretário Nacional de Justiça e também Presidente da Comissão de Anistia.

terça-feira, 17 de abril de 2012

"Memória, Memória, Memória"

Um levantamento do Tribunal de Contas da União, feito em 2001, indicou a existência de 121 obras federais com indícios de irregularidades graves. A maioria dessas obras pertence a órgãos como o extinto DNER, os ministérios da Integração Nacional e dos Transportes e o Departamento Nacional de Obras Contra as Secas. Uma dessas obras, a hidrelétrica de Serra da Mesa, interior de Goiás, deveria ter custado 1,3 bilhão de dólares. Consumiu o dobro. Vão fazendo as contas que vai faltar dinheiro para cobrir tantos rombos! Não se esqueçam que isso aconteceu antes de 2001!!! Chega de hipocrisia...

segunda-feira, 16 de abril de 2012

"Para, Para, Para"...

Quem sabe um dia consigamos mudar o comportamento dos brasileiros. Não é fácil tolerar uma atitude de abusos, mas esses abusos não são apenas na política. No dia a dia as pessoas, em seu meio, agem igualzinho àqueles que usurpam a posição que ocupam. Mas na verdade o que eu quero hoje é relembrar ou atualizar a memória dos brasileiros e VAMOS PARAR COM TANTA FALTA DE MEMÓRIA. Só para lembrar o que aconteceu em 1995: O inesquecível PROER do ex-presidente Cardoso deu uma amostra pública do seu compromisso com o capital financeiro e, na calada de uma madrugada de um sábado em novembro de 1995, assinou uma medida provisória instituindo o PROER, um programa de salvação dos bancos que injetou 1% do PIB no sistema financeiro – um dinheiro que deixou o sofrido Tesouro Nacional para abastecer cofres privados, começando pelo Banco Nacional, então pertencente a família Magalhães Pinto, da qual um de seus filhos era agregado. Segundo os ex-presidentes do Banco Central, Gustavo Loyola e Gustavo Franco, a salvação dos bancos engoliu 3% do PIB, um percentual que, segundo economistas da Cepal, chegou a 12,3%.O Proer demonstrou, já em 1996, como seriam as relações do governo FHC com o sistema financeiro. Para os ex-presidentes do BC, Gustavo Loyola e Gustavo Franco, atingiu R$ 111,3 bilhões, incluindo a recapitalização do Banco do Brasil, da CEF e o socorro aos bancos estaduais.


Outro fiasco de alguns anos atrás: Durante a desvalorização do real, os bancos Marka e FonteCindam foram socorridos pelo Banco Central com R$ 1,6 bilhão. O pretexto é que a quebra desses bancos criaria risco sistêmico para a economia. Chico Lopes, ex-presidente do BC, e Salvatore Cacciola, ex-dono do Banco Marka, estiveram presos, ainda que por um pequeno lapso de tempo. Cacciola retornou à sua Itália natal, onde vive tranqüilo.


Parece chato eu ficar mostrando esses fatos, porém, precisamos parar com a hipocrisia e enfretarmos as situações do Brasil de forma correta, temos que parar de falar que esse é melhor do que aquele, na verdade, precisamos lutar por um Brasil mais justo, estável e isso passa sem dúvida por uma boa memória.