
Outro tipo de atrocidade eram incidentes onde napalm (conjunto de líquidos inflamáveis à base de gasolina gelificada, utilizados como armamento militar) era atirado de aviões sobre as aldeias indígenas; eram exibidas fotografias de aldeias que haviam sido dizimadas, onde apareciam restos de mulheres e crianças sobre o solo árido e carbonizado. A sentença unânime da Europa era que o Brasil estava pondo em prática uma política de 'genocídio étnico'".
Apenas em 1967, o Ministro do Interior, General Albuquerque Lima, nomearia uma comissão para investigar as denúncias contra o SPI. Estas foram confirmadas e provadas através do Relatório Figueiredo que documentava as centenas de atrocidades e violências, inclusive a introdução deliberada da varíola, gripe, tuberculose e sarampo entre tribos indígenas.
Albuquerque Lima, que representava na época um setor nacionalista nas forças armadas, extinguiu o SPI (Serviço de Proteção ao Índio) e criou uma comissão para estruturar um órgão que o substituísse. Essa comissão foi composta por indigenistas, antropólogos, incluindo também profissionais do SUSA. A partir dessa comissão constituiu-se a Fundação Nacional do Índio (FUNAI).
Vale antes de qualquer crítica aos povos indígenas avaliar e compreender a vida desses que são nossos irmãos brasileiros.
Fonte: Cadernos de Saúde Pública
Nenhum comentário:
Postar um comentário